Autoras(res):
Marília Duarte de Souza;
Deise Luiza Ferraz.
Resumo: Objetivo: debater a (im)produtividade do trabalho reprodutivo, potencialidades e limites da expansão do capital sobre esse trabalho para alterar a opressão que se manifesta nas condições de exaustão das mulheres na contemporaneidade. Marco teórico: partimos de uma perspectiva marxiana, consideramos que os debates acerca da produtividade do trabalho reprodutivo devam superar as análises baseadas na imediaticidade deste trabalho e apreender as determinantes que envolvem a absorção pelo capital de um trabalho enquanto trabalho produtivo, reprodutivo ou improdutivo. Métodos: coletamos dados estatísticos secundários disponibilizados pelo IBGE, pelo Sebrae e pelo British Cleaning Council, a análise foi realizada com base no materialismo histórico. Resultados: demonstramos que o capital tem se apropriado produtivamente do trabalho reprodutivo, no entanto, tal apropriação não tem significado alteração das condições de divisão sexual do trabalho e exaustão das mulheres. Conclusão: concluímos que ao invés de a transmutação de trabalho reprodutivo a produtivo ser um avanço para a emancipação das mulheres, tem sido fonte de maior exploração de sua força de trabalho e de exaustão, uma vez que tal apropriação não supera a exploração que engendra a universalidade de opressões sob o capitalismo, conforme as necessidades de valorização do valor.
Palavras-chave: Trabalho Produtivo e Improdutivo; Trabalho Reprodutivo; Divisão Sexual do Trabalho; Teoria da Reprodução Social; Mulheres.
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