Autoras(res):
Paula Cristina de Moura Fernandes;
Deise Luiza da Silva Ferraz.
Resumo: Introdução: Na sociabilidade capitalista é necessário que o capital atenda a alguns interesses da classe trabalhadora, para que ela esteja em condições objetivas e subjetivas de ser explorada. As políticas públicas aparecem como uma forma de satisfazer alguns desses interesses, e são apresentados como direitos do cidadão. Objetivo: Este artigo empírico teve como objetivo refletir sobre os limites da política pública de ressocialização a partir do sistema prisional mineiro. Métodos: Os dados quantitativos e qualitativos foram coletados por pesquisa documental e observação participante com diário de campo construído in loco durante oito meses. Um levantamento bibliométrico foi realizado para averiguar o que a ciência expressa sobre o fenômeno em tela e o exame do desenvolvimento das categorias. Resultados: Apresentamos as limitações da política pública em cada um dos pilares para a ressocialização, e concluímos que as atividades no cárcere visam alterar as subjetividades das pessoas privadas de liberdade para que elas: i) se comportem como bons trabalhadores e estejam aptos à exploração direta ou indireta do Capital no cárcere; ii) sejam explorados pelo capital em condição de escravidão com a mediação do Estado. Conclusão: Por fim, reivindicamos a participação dos profissionais da área de Terapia Ocupacional que esteja radicalmente comprometido com o processo de ressocialização nesses espaços, pois sabemos que não é suficiente para superar as limitações da política pública, mas se torna uma forma de potencializar a quota parte do mais valor que está sendo devolvida à classe trabalhadora.
Palavras-chave: Readaptação ao Emprego; Prisões; Política Pública.
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