Por Letícia Rocha (Aracaju/SE)
A sociedade de agora
Nem sempre foi do jeito que vemos
E pode sempre haver um modo
De transformar o que nós vivemos
Lendo sobre as teorias de Marx
Vamos achando algumas pistas
Para podermos fazer mudanças
Não sendo somente utopistas
Pra começar é necessário
Notar que nada é inerente
Questionar o que está posto
Então pensar historicamente
A partir da historicidade
É possível sair da abstração
Pensando outras formas de mundo
Com o trabalho sem exploração
Com o método dialético
Entendendo as realidades
Marx passou a mostrar caminhos
Pra questionar antigas verdades
Enxergar o mundo como ele é
Abandonar o idealismo
E superar as teorizações
Visando o materialismo
Mas também preciso te alertar
Se organizar é essencial
Militância sempre incomoda
Expondo os males do capital
Fazer revolução significa
Destruir o atual sistema
Fazer transformações pela raiz
Descortinando cada problema
Estamos nesse eterno devir
Sujeitos da nossa história
Sujeitos da possível mudança
Em toda sua luta e glória
A ciência emancipatória
Não simula a neutralidade
Observa toda história
Compreende a totalidade
Como já disse a tese onze
Não basta só a interpretação
Para mudar a realidade
As ideias devem virar ação
*Este poema foi apresentado como trabalho final no curso de extensão "Ciclo de Estudos Clássicos do Pensamento Econômico Filosófico: Edição Marx e Engels, com coordenação da profa. Dra. Janaynna Ferraz e recursos da PROEX/UFRN.
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