Autoras(res):
Guilherme Smaniotto Tres;
Washington Jose´ de Souza;
Janaynna de Moura Ferraz.
Resumo: Nosso objetivo é delinear o conceito de trabalho comunitário nas ecovilas do Brasil. Para isso, consideramos três elementos: (1) orientação política para a autossuficiência; (2) orientação técnico-produtiva no trabalho autogerido e nas práticas econômicas plurais; e (3) orientação socioambiental centrada na recuperação da biodiversidade. Coletamos dados em quatro ecovilas durante 49 dias, por meio de um percurso metodológico de inspiração etnográfica com nota de campo e observação participante, seguido de monitoramento remoto por 22 meses. Nossa opção foi por procedimento flexível para coletar dinâmicas complexas de gestão e rotinas de vida por meio de diálogos entre pesquisadores e informantes. Os resultados mostram que o trabalho comunitário surgiu nas ecoaldeias como uma resistência à sociedade centrada no mercado, embora dele dependesse incidentalmente. Se por um lado existem tensões e contradições, por outro revelam uma forte prática organizacional que mostra possibilidades e formas de redefinir as relações entre os seres humanos, e entre organizações coletivas e ecossistemas, ao mitigar elementos de alienação sobre valores que inspirar a emancipação humana.
Palavras-chave: Trabalho Comunitário; Autogestão; Emancipação Humana.
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