Autoras(res):
David Silva Franco;
Deise Luiza da Silva Ferraz.
Resumo: O avanço das forças produtivas apropriadas pelo capital, aliado ao contexto de transformação das relações socioculturais que abarcam as esferas da produção e do consumo, tem possibilitado a ascensão do fenômeno da uberização do trabalho, termo derivado da forma de organização da empresa Uber. Esse fenômeno tem sido usualmente associado aos negócios da denominada economia de compartilhamento e abre o debate acerca das especificidades das categorias estruturantes da acumulação capitalista que abarcam relações de trabalho virtualizadas. Neste artigo, buscamos lançar as bases teóricas para a defesa do seguinte argumento: a uberização do trabalho representa um modo particular de acumulação capitalista ao produzir uma nova forma de mediação da subsunção do trabalhador, o qual assume a responsabilidade pelos principais meios de produção da atividade produtiva. Partindo do aporte teórico marxiano, traçamos uma análise crÃtica acerca do fenômeno da uberização, que está intrinsecamente relacionado à s inovadoras formas de gestão, enquanto, por outro lado, intensifica a precarização do trabalho.
Palavras-chave: Uberização; Acumulação Capitalista; Relações de Trabalho; Precarização.